15 de julho de 2020

Histórias de putas



Neste folhetim de baixa qualidade que se arrasta entre as outras histórias mais ou menos escabrosas que compõem a informação diária, há algo digno de nota que parece ter escorrido nas entrelinhas, pois ninguém terá pegado no assunto. O artiguelho começa assim: «O escândalo sexual que envolve o juiz Joaquim Manuel Silva, acusado por Ana Loureiro, proprietária de uma casa de acompanhantes, de contratar prostitutas para ter sexo enquanto visionava vídeos com depoimentos de menores, etc. etc. ...» Proprietária de uma casa de acompanhantes?
Não há muito tempo, recordo-me de ter visto um cavalheiro a queixar-se, na TV, de ter sido acusado de lenocínio por ter arrendado uns apartamentos a umas senhoras que, por acaso, eram putas. Não era sequer um caso de proxenetismo; arrendou os apartamentos às putas, que os utilizavam para o seu comércio. E foi condenado por lenocínio, recorde-se!
E agora esta Ana Loureiro diz que tem uma casa de putas, onde, pelas suas palavras, se junta o proxenetismo ao lenocínio, e não se passa nada? Ou só há exploração, e criminalização, quando o «patrão» é homem? É isso que está na lei?

11 de julho de 2020

Voando sobre um ninho de cucks

É isto mesmo que estamos a precisar: toda essa escumalha inglesa mais o seu turismo de borracheira para animar o Algarve, salvar os 15% do PIB que pertencem ao turismo, e “pôr a economia a funcionar” enquanto não chegam os milhões da Orópa. Ao que nós chegamos!
(Imagens de alertadigital.com, jeuneurope.com e elmundo.es)